Vídeo: bar petista do DF reúne apoiadores que festejam inelegibilidade de Bolsonaro

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Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegava a Brasília, a 16km do aeroporto uma multidão petista comemorava a sua inegibilidade. Bar conhecido pelas celebrações da esquerda, o Pardim, na 405 Norte, foi tomado por festa.

Com pagode ao vivo e gritos de “inelegível”, os frequentadores do bar definiram a comemoração desta sexta-feira (30/6) como uma “renovação da esperança”.

Mozart Pontes, 34 anos, endossou a festa chamada pelas redes. “É um repeteco do 30 de outubro. Clima de confraternização, comunhão, esse pertencimento da mesma turma. É a renovação da esperança, a Justiça sendo feita.”

Já Lucas Seixas, 38, diz que “lavou a alma” com o resultado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Depois de todos os anos de ataques às urnas, aquela reunião com os embaixadores que foi um absurdo, temos hoje um símbolo importante para futuros aventureiros que queiram fazer como ele.”

A festa começou por volta das 18h30. Apoiadores de Lula (PT) e críticos de Jair Bolsonaro em geral se reuniram na multidão que tomou até um espaço da pista. “Não pretendo ir embora tão cedo”, disse.

Veja:

Julgamento de Bolsonaro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou, nesta sexta-feira, Bolsonaro inelegível. O ex-mandatário foi condenado, com o placar de 5 a 2, pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022. O TSE entendeu que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Com a decisão, o ex-presidente da República está impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo por oito anos, a contar de 2022. Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) julgada, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) acusou Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do então presidente com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada.

Segundo o partido, o ex-presidente atacou, no evento, as Cortes do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou, sem apresentar nenhuma prova, que os resultados das eleições gerais de 2022 proclamados pela Justiça Eleitoral não seriam confiáveis.

Além disso, o PDT afirma que houve violação ao princípio da isonomia entre as candidaturas, configurando abuso de poder político o fato de a reunião ter ocorrido na residência oficial da Presidência da República e ter sido organizada por meio do aparato oficial do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores.