O senador Sergio Moro (União-PR) se manifestou nesta quinta-feira (11/1) depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou o nome de Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
“Fica então entendido que aceitar cargo em ministério não é e nunca deveria ter sido causa de suspeição”, escreveu o ex-juiz e ex-ministro no X, antigo Twitter.
Lewandowski será o sucessor de Flávio Dino no MJSP, uma vez que este foi indicado e aprovado pelo Senado Federal para assumir a cadeira no STF deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.
Moro assumiu a mesma pasta no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nomeação foi criticada, à época, uma vez que o então juiz atuou na Operação Lava Jato, que levou à prisão de Lula, o que o impossibilitou de disputar o pleito contra Bolsonaro em 2018.
Segundo o chefe do Executivo federal, Lewandowski tomará posse em 1º de fevereiro. Dino, por sua vez, assume a vaga no Supremo em 22 de fevereiro.
Durante o anúncio, Lula também frisou que o novo titular da Justiça e Segurança Pública terá liberdade para montar o próprio time na pasta, em meio ao impasse sobre o futuro do secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. Segundo o petista, ele não tem o hábito de interferir nos cargos dos ministérios.
“Eu digo para pessoa: ‘Monta o seu governo. Quando você estiver com o governo montado, você me procure que eu vou ver se tenho coisas contrárias a alguém ou alguma indicação a fazer’”, declarou durante o anúncio.
Após 17 anos como ministro do STF, Lewandowski deixou a Corte em abril deste ano, pouco antes de completar 75 anos, com um extenso legado. Ao longo do período, ele desempenhou papel importante em processos históricos, com aproximadamente 200 mil decisões, entre monocráticas e colegiadas.