TJDFT Aceita Denúncia Contra André Reis Villela por Feminicídio

Por: Jornalista Kelven Andrade

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia apresentada pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília contra André Reis Villela, acusado de assassinar sua esposa, a médica cardiologista Sabrina Nominato Fernandes, em outubro de 2020. Com a decisão proferida na última sexta-feira (19/7), André se torna réu em processo penal e responderá pelo crime de feminicídio no Tribunal do Júri.

Acusação e Qualificadoras

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou André por assassinato com quatro qualificadoras:

  1. Motivo Torpe: André teria intenção de receber o seguro de vida da médica.
  2. Meio Cruel: O assassinato foi cometido por asfixia.
  3. Dificultar a Defesa da Vítima: André esperou que Sabrina ingerisse remédios contra insônia para sufocá-la enquanto dormia.
  4. Feminicídio: Crime cometido contra a mulher em contexto de violência doméstica.

Além disso, a Promotoria pediu o sequestro de bens móveis e dos valores recebidos por André após a morte de Sabrina.

Detalhes do Crime

O crime ocorreu em 10 de outubro de 2020, na residência do casal no Lago Sul. André teria se aproveitado de que Sabrina havia ingerido bebida alcoólica e medicamentos para dormir, sufocando-a em seguida. Na manhã seguinte, ele saiu para trabalhar e, ao retornar, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), alegando ter encontrado a esposa morta.

Um laudo pericial demonstrou que Sabrina morreu por asfixia enquanto André ainda estava em casa. Dois meses antes de sua morte, Sabrina havia assinado um contrato de seguro de vida no valor de R$ 500 mil, do qual André era o único beneficiário. O casal, casado por seis anos, tinha um histórico de violência física e psicológica cometida por André.

Provas e Novos Laudos

Um novo laudo pericial identificou material genético de André nas unhas da médica, indicando que ela pode ter lutado para se defender antes de morrer. A advogada da família da vítima afirmou que as novas provas fortalecem a acusação. André passou por exame de corpo de delito, que constatou arranhões em seu pescoço.

O processo segue sob sigilo, e o caso será julgado pelo Tribunal do Júri, onde André poderá ser condenado pelo crime de feminicídio, enfrentando penas severas.

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