Presente em quase todo o Nordeste brasileiro, o baobá, árvore de origem africana plantada por escravos, encanta por sua majestosa forma e grandeza

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O baobá, também conhecido como “árvore da vida”, é sem dúvida um dos maiores símbolos do município de Ipojuca, em Pernambuco. Com raízes profundas tanto na terra quanto na história, essa árvore carrega consigo um legado de resistência e resiliência africana, sendo um marco importante.

Trazido pelos africanos escravizados, o baobá foi considerado sagrado por seu papel vital nas comunidades, oferecendo sombra, alimento e cura. De suas folhas e frutos, uma variedade de alimentos e bebidas podem ser preparadas, como sucos e doces, além de possuírem propriedades medicinais. Sua relevância transcende a aparência física, sendo uma fonte de inspiração e representação da luta e sobrevivência dos povos africanos.

 

São pequenos detalhes que fazem a diferença no turismo. Porto de Galinhas “enxergou” o baobá

Pernambuco abriga a maior concentração de baobás catalogados no Brasil, destacando-se como um dos principais estados na preservação dessa espécie. Um exemplo impressionante pode ser encontrado na Rua do Colégio, no distrito de Nossa Senhora do Ó, a 11 km de Porto de Galinhas e a uma curta distância de 15 minutos de carro. Para quem visita Porto de Galinhas, a proximidade torna ainda mais acessível conhecer esse ícone natural e cultural. Lá, um baobá centenário se ergue imponente, com aproximadamente 400 anos de idade e um tronco de 4,5 metros de diâmetro. Essa árvore monumental, localizada a cerca de 100 metros da Igreja de Nossa Senhora do Ó, é um verdadeiro patrimônio vivo, testemunha silenciosa de séculos d

Com sua capacidade de viver por até 6 mil anos, o baobá simboliza a perenidade e a resistência, ecoando a história dos povos africanos que, ao longo dos anos, moldaram e enriqueceram a cultura brasileira. Em Ipojuca, ele continua a ser um ícone de identidade e uma lembrança da luta pela liberdade e preservação das tradições afrodescendentes. A presença dessa árvore não só reforça os laços com o passado, mas também serve como um símbolo de esperança e resiliência para as futuras gerações, inspirando a comunidade a valor.

 

Atualmente, essas árvores majestosas são protegidas por força da lei municipal, que são reconhecidas como patrimônios históricos e naturais. O tombamento legal garante que tanto o poder público quanto a comunidade local tenham a responsabilidade de zelar por sua preservação. O corte dessas árvores é proibido, reforçando a importância de proteger e valorizar o baobá, que se tornou um símbolo não apenas da história e cultura afro-brasileira, mas também um atrativo turístico de relevância em Porto de Galinhas.

 

Cris Oliveira

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